Sabe aquele cachorro quente que tanto amamos? Pois é, ele pode ser mais perigoso do que algumas calorias extras. A salsicha e outras carnes embutidas fazem parte do grupo 1 da lista de carcinogênicos da OMS (Organização Mundial da Saúde). Veja com o AnaMaria Receitas o que isso significa e outros produtos que comemos com frequência que também foram listados.
O que são os carcinogênicos?
Carcinogênicos são produtos e substâncias que potencializam o risco de desenvolvermos algum tipo de câncer. Por mais que esses agentes possam estar em todos os lugares (radiação solar, fumaça de carro e contraceptivos hormonais, por exemplo), consumo de ultraprocessados e carnes embutidas também são potencializadores do desenvolvimento de câncer.
Os ultraprocessados são alimentos industrializados de produção em massa com mais de cinco ingredientes que, durante o processo de fabricação passam pela adição de substâncias como açúcar, gorduras, sal e aditivos. Isso inclui tipos de corantes, aromatizantes e conservantes que podem ser extremamente prejudiciais para a nossa saúde.
Além deles, temos as carnes embutidas. Linguiça, presunto, bacon, peito de peru, salsicha e diversas outras proteínas processadas que fazem parte do nosso dia a dia foram listadas como cariogênicos do grupo 1 da OMS. Isso significa que elas têm o mesmo potencial cancerígeno do tabaco e gás mostarda.
O que há de perigoso nas carnes embutidas?
Existe um ditado que diz: “se as pessoas boas descobrissem como são feitas as salsichas e as leis, não comeriam as primeiras e não obedeceriam às segundas”. Bom, viemos aqui te contar por que as salsichas e as carnes embutidas são tão perigosas para o nosso organismo.
Claro que a ciência ainda tem muito o que pesquisar sobre as substâncias presentes em alimentos ultraprocessados como as carnes embutidas. Mesmo assim, muito já foi descoberto, por exemplo, a presença de nitrito e nitrato nesses produtos.
Essas substâncias são usadas por diversos motivos. Coloração da carne, conservante, prevenir o envenenamento causado pela bactéria Clostridium botulinum, e diversos outros termos mais técnicos e menos práticos. No entanto, pesquisadores já confirmaram que nitrito e nitrato são tóxicos para nós e, por isso, o seu uso e consumo devem ser extremamente controlados.
A intoxicação por essas substâncias podem levar à morte. Fora isso, de acordo com uma pesquisa feita pela Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), derivados destes compostos estão relacionados com o alto risco de câncer gástrico, hepático e de esôfago.
Segundo a pesquisa, a metahemoglobina é outro problema causado pela ingestão contínua e desregulada dessas substâncias. Ela inibe a função da hemoglobina de carregar oxigênio pelo corpo e, principalmente em crianças, esse problema pode ser sério.
Fora a adição de nitrato e nitrito, as carnes embutidas contém diversas outras substâncias conservantes, aromatizantes, corantes, etc. Isso é ainda mais preocupante, uma vez que um único pacote de salame consegue reunir todos esses compostos inorgânicos e provavelmente tóxicos.
Calma, você não vai morrer com um cachorro quente.
Mas então o que quer dizer tudo isso? Agora que sabemos os efeitos que as carnes embutidas podem ter no nosso corpo, devemos diminuir a frequência do consumo.
De acordo com uma análise feita pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), 50 gramas de carne processada, o equivalente a uma salsicha, aumenta o risco de câncer colorretal em 18%. Isso já é bastante. Sendo assim, o consumo diário desses alimentos corresponde a um aumento ainda maior nas chances de desenvolvimento de câncer (principalmente colorretal).
Como sempre, equilíbrio é tudo. Ou seja, se você manter uma alimentação saudável, orgânica e nutritiva, não há terror em comer um presunto aqui e ali. O problema está na frequência e nos hábitos saudáveis iregulares. Fazendo isso, você não terá problemas!
